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A cadeia de fornecimento financia pequenos e médios negócios

  • Foto do escritor:  Tânia Paes
    Tânia Paes
  • 13 de jul. de 2020
  • 2 min de leitura


Quando o assunto é crédito a pequenas e médias empresas, as tentativas dos administradores públicos continuam sem surtir os efeitos prometidos. Os programas de financiamento existem, FAMPE, PRONAMPE, mas as exigências de documentações e garantias continuam impossibilitando que a maior parte dos empresários consiga se beneficiar.


É aí que entram os gigantes da indústria e do varejo. Como compradores de artigos de vestuário, peças de automóveis e componentes eletrônicos para abastecer suas prateleiras ou montar seus produtos, grandes corporações dependem do pequeno e médio empreendedor e estão enfrentando a tarefa de salvar os pequenos negócios com mais agilidade e mais transparência que os governos. Conceitos muitas vezes desprezados até por profissionais de mercado, como valorização da cadeia de fornecimento, parceria, SRM – Supplier relationship management (administração de relacionamentos com fornecedores) estão sendo postos em prática e vêm dando fôlego a empresas que estavam à beira de fechar.


A matéria do jornal Estado de São Paulo – “Grandes Empresas viram ‘bancos’ de fornecedores que não obtêm crédito” (Caderno de Economia, 8/7/2020) – lista exemplos de empresas que levaram a teoria do relacionamento com fornecedores ao patamar de parcerias efetivas na crise.


Lojas Renner: a maior companhia de varejo de moda do país recorreu a uma linha de financiamento do BNDES para ampliar o alcance de sua ação e está colocando entre R$300 e R$400 milhões em crédito à disposição de fornecedores representantes da indústria têxtil.


Vale: reduziu em até 85% o prazo para pagamento de 3 mil pequenos e médios fornecedores.


Bosch, Mercedes-Benz e Gerdau: antecipação de recebíveis a taxas atrativas a seus fornecedores, tanto por intermédio de recursos próprios quanto por direcionamento a fintechs.


Esses gigantes utilizam seus caixas ou atuam como facilitadores para que o crédito chegue às empresas fornecedoras em dificuldade. Não será suficiente para substituir a capilaridade do crédito bancário, mas é uma forte demonstração de que todos estão lutando pela saúde financeira da cadeia de fornecimento. A parceria vem sendo aplicada na retomada da produção.


“As organizações na cadeia de fornecimento são concorrentes e colaboradoras. Suas operações são interdependentes. (...) É necessário ter uma política sobre como a organização deverá se comportar na cadeia de fornecimento, uma estratégia para implementar essa política, uma estratégia interna para administrar relacionamentos na cadeia de fornecimento.” (Brown S et al. Administração da produção e operações. Rio de Janeiro: Campus, 2005)


“Se olharmos para complexos automotivos, como a Ford, a GM e outros, constataremos que nunca estão sozinhos. Estão com os fabricantes de pneu, de vidro e demais componentes, numa parceria complexa (...), pois há necessidade de reciprocidade certa diante de altos investimentos. As grandes empresas fazem isso porque concluíram que ter parceiro é importante e é bom – é melhor do que ficar procurando ou aproveitando oportunidades.” (Grazziotin G. A arte do varejo. São Paulo: Senac, 2003)


Como você pode ver, há mais de uma década a parceria na cadeia de suprimento vem sendo defendida na literatura. Mas só com uma crise sem precedentes virou realidade.

E a sua empresa? Como vem lidando com os efeitos da pandemia? Converse conosco.


Conte-nos suas experiências. A Legere presta consultoria a pequenos e médios empreendimentos. É a saúde financeira de que sua empresa necessita para sobreviver a qualquer crise.



 
 
 

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