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  • Foto do escritor Tânia Paes

Despesas x Investimentos


Muito se fala sobre este tema. É porque se trata de conceitos de essencial importância na vida das empresas. Mesmo assim, muitos pequenos empresários ainda não conseguem diferenciá-los e acabam não distinguindo despesas de investimentos em seus próprios negócios. Mas a saúde de uma empresa, livre de dívidas e, mais importante, produzindo lucros, depende disso.

Em primeiro lugar, lembre-se de que tanto despesas quanto investimentos são gastos, são saídas de caixa. Antes de assumir um gasto é recomendável que você identifique a fonte de recursos – de onde vai sair o dinheiro. Despesas são gastos necessários para que a empresa funcione. Elas se repetirão pelo tempo de vida da empresa. Salários, aluguéis, tarifas de energia, água, gás e telefonia são os exemplos mais comuns porque qualquer negócio terá de lidar com tais despesas. Espera-se que sejam compatíveis com o faturamento: as vendas que você concretiza ou os serviços que presta. Mesmo os gastos eventuais – pequenos reparos para manutenção do estabelecimento, por exemplo – são despesas. São antecipáveis, indispensáveis e deve haver previsão de caixa para eles. Quando as despesas são bem administradas, a probabilidade de que se tenha lucro é maior: o acionista ou dono da empresa será melhor remunerado. A recomendação de todos os analistas é de que, quanto menor a despesa, melhor: “despesas são como unhas, esteja sempre atento para mantê-las curtas”. Vários empresários de sucesso repetem esta frase.

Investimentos

Já o investimento é um gasto excepcional. O objetivo do investimento não é manter o dia a dia de funcionamento da empresa; essas são despesas. Os investimentos costumam estar ligados a projetos de inovação, ampliação de atendimento, expansão geográfica e por aí vai. Mas projetos precisam de indicadores previamente estabelecidos, principalmente quanto ao retorno, expresso pelo crescimento projetado do faturamento e dos lucros. Todo investimento, antes mesmo que o gasto se realize, exige que se definam quanto será investido, por que prazo e qual o retorno esperado. Sem estas variáveis não existe investimento.

Comprar um equipamento que, em um prazo de 1 ano, tem como meta dobrar o faturamento da empresa é um investimento. Outro exemplo é a contratação de 2 funcionários para cuidar da comunicação digital da empresa pelo prazo de um ano. A expectativa é de que, no período de 12 meses (tempo), serão investidos, entre salários e outras ações, R$60 mil/ano (valor investido). A projeção é de que, a partir do terceiro mês de trabalho da nova equipe, a empresa conquiste 5 novos clientes com vendas concretizadas por mês (retorno esperado). Neste caso, o valor médio da venda por cliente também deve ser definido, conforme expectativas dos sócios, de modo a calcular o retorno sobre o investimento. Digamos que se projete que cada novo cliente conquistado representará um adicional de R$1.500,00 de faturamento. Cinco novos clientes por mês (R$7.500,00) × 9 meses = R$67.500,00. Vale a pena realizar o investimento porque a projeção é de que ele se pague e gere lucro.

Os projetos normalmente são acompanhados de planos de ação e a definição prévia de como deverá ser tratado um não desejado insucesso do plano. Isso também é investimento.

Inúmeras outras ações podem ser classificadas como investimento, desde que se definam previamente a origem e o valor dos recursos que serão utilizados, por quanto tempo e qual o retorno esperado. Se não for possível a definição prévia destes indicadores, o gasto certamente não é investimento; trata-se de mera especulação. Negócios não costumam sobreviver a especulações. Busque a ajuda de um consultor registrado. A experiência faz toda a diferença na hora de planejar investimentos.

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