Buscando equilíbrio entre risco e rentabilidade
- Tânia Paes
- 28 de set. de 2020
- 2 min de leitura

Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
(Cecília Meireles, Ou isto ou aquilo)
Decisões de investimento não são tão diferentes. Se você não quiser correr risco, aceita a baixa rentabilidade da renda fixa. Se você aceita o risco, pode obter retornos melhores. Mas o investidor pode encontrar o equilíbrio ao estudar previamente o que deseja fazer, ao buscar informações fidedignas e tomar decisões com base no que concluiu por meio de suas pesquisas. Agindo deste modo, você não anula os riscos das decisões de investimento, mas com certeza os reduz. Há oportunidades de investimento muito interessantes em diversas áreas.
Com a pandemia do coronavírus, a realidade do trabalho precisou ser modificada. O isolamento social colocou boa parte das pessoas em home office. Videoconferências substituíram escritórios luxuosos, viagens aéreas, hospedagens. Perceba que falamos aí de três negócios que foram negativamente afetados. Isso é permanente? Não sabemos. É financeiramente positivo para as organizações não pagar caro por espaços se colaboradores podem trabalhar de casa com o mesmo nível de produtividade. Profissionais, por sua vez, economizam tempo anteriormente gasto em engarrafamentos diários nos grandes centros urbanos e ganham em qualidade de vida.
Mas e a cultura das empresas? Muitas soluções nascem de conversas despreocupadas no horário de almoço ou nos corredores próximos ao cafezinho. Esses momentos também contribuem para que as empresas cresçam. Quanto custará à liderança supervisionar, delegar, promover, demitir, motivar, sem observar o comportamento diário?
Voltando para a economia. Fundos imobiliários podem investir em lajes corporativas (escritórios), shoppings ou galpões. Qual você escolheria para investir neste momento? Além de considerar o valor atual das quotas, é importante estudar e formar opinião sobre como será o futuro de cada segmento e, assim, qual a capacidade de valorização dos seus investimentos.
As ações dos bancos caíram muito nos últimos dias. Analistas avaliam ser por conta da concorrência com fintechs e a possibilidade de estas tomarem metade do mercado. Mas vamos deixar claro: bancos sempre foram mais resilientes e mais lucrativos que a média das empresas do Ibovespa e assim permanecem durante esta crise. Você compraria ações de bancos agora?
Ainda sobre as consequências da crise durante a pandemia: percebemos que a cadeia de suprimentos global, tão apoiada em um único produtor – a China –, demonstrou-se de alto risco. Precisamos entender que não se trata somente de rentabilidade, e sim de mentalidade. A melhor decisão pode estar no longo prazo, e esta é a principal mudança. Desenvolver pequenos fornecedores nacionais para reduzir o risco de ficar totalmente dependente dos produtores chineses é apostar no longo prazo. Investir em renda variável a parcela de capital que pode aguardar pelo menos 3 anos para ser rentável é outra mudança importante de mentalidade.
Por que tantas interrogações em um texto que se propõe a orientar sobre finanças? Porque esses questionamentos precisam ser feitos todos os dias, por empresários de todos os portes. O modo como você responder a elas poderá resultar em mais ou menos dinheiro no caixa ao fim do processo. Todas as opções precisam ser cuidadosamente estudadas, para que as melhores decisões sejam tomadas.
Acompanhe-se de consultores sérios e comprometidos com o seu sucesso e de seu empreendimento. E isto que a Legere busca incansavelmente: saúde financeira de pequenos e médios negócios.
Comentários