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  • Foto do escritor Tânia Paes

Empreendedorismo feminino: o duplo desafio


Mulheres e homens micro e pequenos empreendedores têm muitos desafios ao longo do sonhado sucesso em seus negócios. A maioria das dificuldades, como acompanhamento diário de indicadores financeiros, gerenciamento de pessoal e separação das finanças pessoais daquelas da empresa, são comuns aos gêneros. Mas as mulheres enfrentam dificuldades ainda maiores quando o assunto é obtenção de crédito.


Segundo Ana Fontes, fundadora da Rede Mulher Empreendedora, o acesso ao crédito é um dos principais percalços enfrentados pela mulher que decide empreender:  “o tipo de negócio é diferente, começa menor e mais caseiro. Elas também são mais precavidas, menos agressivas para buscar crédito no mercado. Além disso, o sistema financeiro não oferece condições para que essa mulher que está começando tenha acesso”, afirma a especialista, que há 10 anos atua no setor de empreendedorismo feminino.


Mas isto precisa e deve mudar. Atentos aos excelentes desempenhos de negócios chefiados por mulheres e seu impacto na sociedade, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Fundo Multilateral de Investimentos (FOMIN), membro do Grupo BID, criaram uma combinação única de créditos, garantias e assistência técnica para que os bancos latino-americanos e do Caribe, incluindo, é claro, os bancos brasileiros, disponham das ferramentas necessárias para adaptar seus produtos e serviços às necessidades da população feminina.


O empreendedorismo feminino costuma exercer impacto extremamente positivo no desenvolvimento de uma comunidade. E se não bastasse a teoria de “todos crescem juntos”, ter a população feminina como cliente é, historicamente, um bom negócio para os bancos. Segundo o BID, as mulheres reúnem características que deveriam torná-las clientes cobiçadas pelas instituições financeiras:

• A inadimplência nos seus empréstimos é 54% menor comparada com a dos homens.

 

• São mais leais e estão mais dispostas do que os homens a obter vantagens de vendas cruzadas.


• Apesar de investirem em média 50% menos capital do que os homens empreendedores, tendem a conseguir lucros 20% superiores.


• Controlam 64% das decisões de despesas no lar.


Segundo a Connect Americas, plataforma on-line para expansão de negócios criada pelo BID, “nos modelos de crédito tradicionais, as empresas que são propriedade de mulheres podem ficar excluídas devido à informalidade, à falta de histórico de crédito e garantias, por não se encaixar com as estratégias de marketing ou os perfis de clientes dos bancos, por seus baixos níveis de educação, ou pela falta de participação nas redes empresariais. Isto impediu que as microempresárias, apesar de contar com fortes registros de pagamento, pudessem encontrar empréstimos comerciais maiores para aumentar seus negócios além do nível micro”.

Alguns bancos brasileiros perceberam esta brecha no mercado e passaram a oferecer linhas de créditos exclusivas mais adequadas às micro e pequenas empresárias. Como melhores pagadoras que são, as mulheres podem e devem negociar taxas melhores na hora de contratar crédito para expandir seus empreendimentos.


O desafio é grande, mas o talento e a força de vontade femininos também são. Nós da Legere apoiamos as iniciativas femininas de empreendedorismo e estamos ao lado das mulheres para ajudá-las em suas conquistas. Converse conosco.

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