O que mudou no acesso ao crédito com a pandemia de Covid-19
- Tânia Paes
- 25 de mai. de 2020
- 2 min de leitura

“Não existem linhas de créditos para micro, pequenas e médias empresas.” “É impossível satisfazer as exigências dos bancos.” “Os anúncios de dinheiro para pequenos negócios em meio à pandemia nada mais são do que discursos vazios e estratégias para fingir que algo de fato está sendo feito.”
Essas frases vêm sendo repetidas por empresários que buscam as modalidades de crédito anunciadas para ajudar a combater os efeitos da pandemia de Covid-19 sobre micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). Mas vamos tentar entender o que de fato está acontecendo.
Sua empresa tem informações organizadas e fidedignas sobre as finanças do empreendimento? Faturamento, lucro, ponto de equilíbrio financeiro, fluxo de caixa futuro... O mínimo de indicadores que demonstrem o desempenho do seu empreendimento? Na teoria dos contratos e na economia, esses dados recebem o nome de assimetria informacional.
É o estudo de decisões em transações em que uma parte tem mais ou melhor informação do que a outra parte. Resumindo: você precisa ter um volume significativo de informações sobre o seu negócio, o que só se consegue com boa gestão financeira, para convencer a instituição que disponibiliza o crédito de que você se qualifica para o empréstimo.
Ninguém estava preparado para a pandemia. Mas a maioria das MPMEs não pratica gestão financeira e sofre ainda mais para atravessar momentos de crise. E este é um problema crônico, muito anterior à pandemia.
Em 2018 participei de uma reunião na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A pauta era: “Crédito oferecido pelo BNDES aos MPMEs e dificuldade de acesso imposta pelo mercado financeiro para liberação.” Auditório cheio, muita reclamação dos MPMEs sobre todas as instituições – Itaú, Banco do Brasil, Caixa, Santander, Bradesco –, todos sendo acusados de literalmente dificultar o acesso ao recurso já liberado pelo BNDES.
Mas após dois anos prestando consultoria financeira a MPMEs, posso analisar friamente as posições de um lado e de outro. O recurso é liberado pelo BNDES, mas parte do risco de inadimplência fica com a instituição financeira intermediadora. Você emprestaria dinheiro a um empresário que não possua todas as informações que mencionamos anteriormente?
Ou que, além disso, deixasse transparecer que suas finanças pessoais se confundem com as finanças da empresa? Eu não emprestaria. O risco de não receber é muito alto! Por isso os bancos pedem garantias, garantias, garantias.
Não há solução de prateleira. Você tem que se reunir com o gerente já com os números em mãos para apresentar. Ele customizará o produto que melhor atenda as suas necessidades, em função do risco que a operação ofereça à instituição.
Nunca é tarde! Muitos negócios poderão não sobreviver à pandemia. Mas você poderá empreender novamente, desta vez com mais e melhores ferramentas de gestão.
Ainda é possível se beneficiar de condições especiais de financiamento, como:
Redução de taxas
Carência para pagamentos
Liberação de garantias reais (FAMPE – Fundo de Amparo a Micro e Pequenas Empresas).
Não perca mais tempo. É o futuro do seu empreendimento que está em jogo.
Precisa de ajuda? Conte com a Legere. Enquanto durar a pandemia, a consultoria on-line ou pelo WhatsApp será gratuita. E-mail: tania.paes@legereempresarial.com.br. WhatsApp: (21) 98696-8811.
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