Os juros baixaram. Mas ainda continuam extorsivos. A despeito de nos últimos 3 anos a taxa básica de juros (SELIC) ter caído 8 pontos percentuais, o crédito ainda é muito caro em nosso país. Na última reunião do Conselho de Política Monetária do Banco Central (Copom), a Selic foi mantida em 6,5% ao ano. Mesmo assim, a maioria das instituições financeiras cobra juros entre 3 e 4% ao mês por empréstimos ao pequeno empreendedor.
Diante disto, pode ser uma boa ideia integrar o cadastro positivo.
Este cadastro reúne informações financeiras e o histórico de crédito de cada contribuinte, pessoas físicas e jurídicas: como, quando e com que pontualidade cada um de nós pagou suas dívidas e obrigações tributárias ao longo do tempo.
O argumento é que, diante de uma história de cumprimento de obrigações e de pontualidade no pagamento das dívidas, seria mais fácil negociar taxas de juros menores. Afinal, sendo um bom pagador, por que você pagaria os mesmos juros absurdos cobrados de outro empreendedor de alto risco?
O Senado Federal já aprovou o projeto do cadastro positivo e o encaminhou para sanção presidencial. A questão é que, de acordo com o texto encaminhado, a inclusão no cadastro positivo seria compulsória. Ou seja: você não pode escolher se deseja ou não ter suas informações armazenadas nesse imenso banco de dados. Elas vão estar lá de qualquer modo.
E é exatamente a obrigatoriedade que vem gerando mais dúvidas. Informações são valiosas. Empresas pagam, e caro, por elas. E se você não concordar com a destinação dada a essas informações? Além do potencial aborrecimento de receber inúmeras ligações de instituições financeiras oferecendo crédito que você pode nem precisar, ainda há a possibilidade de o destino dado às informações ser ilícito. Não seria a primeira vez em nosso país...
Precisamos aguardar a sanção presidencial para verificar se haverá ou não alguma modificação no texto da lei.
Mas os pequenos e médios empreendedores podem se antecipar. Se você tem histórico de bom pagador, reúna suas informações e busque alternativas de crédito mais baratas.
As Fintechs estão em queda de braços declarada com os grandes bancos, tentando conquistar clientes. E sempre que há concorrência, o cliente é o principal beneficiado. Mesmo que você já tenha um empréstimo em andamento, a portabilidade é garantida por lei. Saia em campo e negocie.
Se você tem dúvidas sobre estes e outros temas relacionados às finanças de sua empresa, entre em contato com a Legere. Com a nossa experiência e o seu empreendedorismo, estaremos prontos para qualquer desafio!